Aos quinze anos eu tinha uma visão surreal da minha vida. Me
imaginava em Londres, escrevendo meu primeiro livro e ganhado –razoavelmente-
bem. Aos quinze anos eu tinha quase certeza de que essa seria a minha vida aos
vinte e dois anos.
Meio engraçado e inocente como nós nos imaginamos, né? Acho
que essas ‘metas’ que criamos em longo prazo, é apenas um jeito de não nos
decepcionarmos MAIS ainda com a nossa realidade no momento. Mas quem avisa que
se caso essas metas não forem realizadas, nós vamos sofrer muito no futuro?
Ninguém.
Ninguém avisa.
Ninguém manda um e-mail contando.
Ninguém.
Por isso que tantos jovens são frustrados e quando encontram
outros jovens que: já lançaram livros, já conheceram Londres ou Paris, que
ganham razoavelmente bem, eles ficam mais irritados.
Não com esses jovens. Acho que eles batalharam sim para
conseguir tudo isso e os jovens frustrados também lutaram, e lutaram muito. Só
que na vida alguns ganham, outros ficam em segundo lugar e alguns – no caso
eu!- acabam em 178°.
Eu sei que eles lutaram, eu sinto essa luta diariamente. Quase
com vinte e dois anos, no 9° período da faculdade de comunicação, sem estágio e
com uma família que realmente quer -insiste, grita, argumenta, briga- que eu
faça concurso público.
Mas como eu posso querer algo que não me completa? Como eu
vou me encher com aquilo que não me preenche? Vou é ficar vazia e trabalhando
de jeito infeliz.
‘Ah, mas o dinheiro...’ Vazia e cheia de dinheiro. O que de
bom isso vai me trazer?
Então eu me pergunto, em certos momentos, o que a menininha
de quinze anos iria falar se me visse agora? Ela iria rir e falar que me odeia.
Assim como odeia todo o resto do mundo.
Por isso, baseada em mim mesma eu decidi que vou fazer metas
pequenas, metas grandes, mas metas que eu possa realizar.
E, tcharã, por isso esse blog foi criado. Para que eu possa –
ao menos tentar- falar sobre como eu estou indo com as minhas metas.
A primeira meta é: Falar
mais sim.
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